Li no jornal que a Holanda está a contar as suas vespas. Há uma contagem nacional de vespas, um evento científico que existe há dois anos. Seu objetivo: saber se a vespa está a prosperar e melhorar a imagem da vespa em geral.
As vespas têm má reputação – não há justificação para tal, de acordo com a Fundação Nacional da Vespa
Tente apenas contar às pessoas aqui em Portugal. Acho que as pessoas estremecem ou morrem a rir só de pensar em contar aquelas criaturas assustadoras. Noutro dia, o filho adotivo Hugo na nossa cozinha: “Ellen!!” e ouço uma onda de pânico na sua voz: “Olha, uma vespa! Uma realmente grande! Não é uma vespa normal, é uma vespa asiática – são perigosas!” e já está a abanar o spray que temos para emergências.
“Não, não, não é preciso”, interrompo-o, “Calma, vou pô-lá fora, está bem? Um copo em cima dela, papel por baixo, pronto.”
Reconheço a parte do pânico, porque ouve-se isso de quase todos os portugueses. As vespas asiáticas são perigosas e mortais, deve entrar em pânico imediatamente ao ver uma e recorrer à força bruta. Também são contados aqui, por assim dizer, mas de uma forma completamente diferente e com um objetivo completamente diferente. O governo alerta contra eles e pode revelar-lhes o seu paradeiro.
Isto porque não pertencem a esta terra e ameaçam as abelhas nativas. Mas quem consegue ver rapidamente a diferença entre uma vespa “boa” e uma “má”? São muito parecidos. O asiático deve ir para o inferno, tudo bem, mas quantos dos bons não são achatados porque também têm riscas amarelas e pretas com cintura de vespa?
“Disparate mortal”, diz Broes quando regresso à mesa, “vi um vídeo de um homem que permitiu-se ser picado deliberadamente por todo o tipo de vespas para ver qual é realmente o efeito do seu veneno. Concluiu que uma vespa asiática pequenina e esverdeada teve o efeito mais doloroso – uma que permanece na Ásia, portanto não a vespa asiática a que todos se referem. Conclusão dele: não é tão mau que retifique o assassino de todas as vespas que veja.”
Mas as vespas asiáticas matam as abelhas nativas, isso é um problema
“Normalmente, as picadas de vespa são dolorosas”, acrescenta o Paulo, que está a beber um café connosco. Verdade. O Broes sabe tudo sobre isso, porque uma vez esteve num ninho de vespas no pátio da escola quando tinha 6 anos.
Ele estava no meio disto, mas foi salvo pela corajosa Vera, uma rapariga mais velha e com experiência na vida no campo. O resto da escola, as outras 6 crianças, a professora e eu, estávamos todos em pânico, mas ela puxou friamente o Broes para longe do local do desastre e trouxe-o para um lugar seguro. Isso valeu-lhe muitas picadas e ela teve de ir para o hospital depois.
Se ingerir muito veneno de vespa, isso não lhe fará realmente nenhum bem. Mesmo que não seja alérgico a isso. Aprendi algo com este incidente. Quando descobríamos um ninho de vespas, os voluntários iam ter com ele bem protegidos.
Descobrimos muito rapidamente que basta retirar o ninho que está a ser construído e, quando ficam sem casa, vão para outro lugar. Mais tarde, fi-lo corajosamente sozinha, sem qualquer proteção. Basta derrubar o ninho com uma vassoura e depois fugir!
Se deixar as vespas em paz, elas geralmente não lhe farão nada
Só quando perturba-as ou começa a atacar como um tolo é que ficam zangadas.
No ano passado descobri algo estranho num dos livros na nossa biblioteca no salão. Uma espécie de potes minúsculos, feitos de terra, todos próximos uns dos outros. Não faço ideia do que era, por isso perguntei e naveguei um pouco na internet e descobri que existem muitos tipos de vespas. Existe um tipo de vespa que faz este tipo de ninho, e a mãe vespa provavelmente achou-se esperta ao fazê-lo num local muito protegido.
Como poderia saber. Comecei a minha vida como uma rapariga urbana, não cresci com a natureza. As vespas são, na sua maioria, mães solteiras; fazem tudo sozinhas, criando, alimentando, protegendo. Cuidam dos filhos, que é o que mais insetos fazem, aliás. Acho isso cativante, uma vez que sou (ou fui) mãe solteira e sei o que esta vida envolve.
As vespas estão na moda na Holanda, vamos ver como vai ser em Portugal
A propósito, estou feliz que a cintura de vespa para mulheres esteja fora de moda!
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Nos mudámos em 2000 de Roterdão, Holanda para Termas-da-Azenha, Portugal. Uma mudança significante, especialmente com duas crianças pequenas. Estamos ocupados para reconstruir uma das heranças culturais portuguesas: Termas-da-Azenha, um antigo spa que foi transformado em várias casas de férias, quartos de hóspedes e dois terrenos para acampar, com muitas coisas divertidas para fazer.
Sala de convívio com jogos como pingpong, matraquilhos e bilhar, e uma coisa única no mundo: o Camarim.
Vai encontrar mosaicos e pinturas em todos os lugares.
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