“Os teus convidados estão cá”, avisa-me Broes, quando estou ocupado na varanda de Casa Palmeira. São esperados, responderam ao blogue da semana passada.
Boas reacções de potenciais novos inquilinos, de todo o lado
Sinceramente não estava à espera de tantas reações, mas claro que é ótimo. Vou ter com a família e vejo-o com uma lata na mão. Não posso deixar de pensar: “Onze horas da manhã? Uma lata de cerveja? No meio do Inverno?”
Como não bebo refrigerantes, associo latas à cerveja. Vi pessoas fazem isso, mas num dia de calor no Verão.
Não podia estar mais enganado: era uma lata de cola-responsável com uma sanseveria caseira (uma planta típica belga)! Como presente de apresentação. Que atencioso e meigo!
“Que giro! Uma sanseveria – uma planta típica belga, certo?” Acontece que Gera e Fabian viveram no sul perto na fronteira com Belgica, durante muito tempo, antes de partirem numa aventura com os seus dois filhos num atrelado pela Dinamarca, Suécia, França, costa espanhola e, finalmente, “encalharem” em Portugal. Aí, os filhos apaixonaram-se pelo oceano e decidiram tornar-se (kite)surfistas.
Ficámos ali a conversar alegremente durante pelo menos uma hora enquanto os rapazes se divertem com os seus fingerboards, matraquilhos e bilhar. O Fabian também é natural de Roterdão, mas, tal como nós, já não tem muito a ver com a cidade. “Tenho muito mais a ver com Portugal agora”, diz com um sorriso malicioso, “só a língua… que desastre!”
Tem isso em comum com voluntário Henk – que nunca saltou um inverno em Portugal até agora, mas não se atreve a usar a língua. O Henk apareceu ontem no whatsapp “Vou passar aí amanhã para passar a noite. Amanhã explicarei porquê será só uma noite.” Normalmente fica sempre mais tempo e também quer fazer algo útil.
O Henk nunca mais alugará uma casa, tipicamente não é um potencial inquilino
Vive no seu carro de campismo há anos, como muitos reformados holandeses, e por isso pode movimentar-se livremente. Sozinho, mas numa relação livre, isto é fácil de fazer, mas com uma família, como Gera e Fabian, é diferente. Procuram um lugar perto da costa (ver acima sobre os filhos) com possibilidades de se sustentarem.
Como novos inquilinos, teriam essa possibilidade, mas é um tipo de rendimento diferente para eles. De qualquer forma, está na hora de pensar sobre isso.
“Então… não vamos fazer portas este ano?” brinco com o Henk, enquanto bebemos uns copos antes do jantar: “Já estás mesmo demasiado velho para isso?” Epa, isto é um exagero, porque o Henk vai fazer 80 anos em 2025, e quanto mais velhas as pessoas ficam, mais sensíveis ficam às piadas sobre a sua idade. “Calma, tu”, digo, “és uma inspiração para todos nós – quem não gostaria de ter 80 anos assim?! Mas é uma pena que não vá ficar mais tempo este ano.”
Uma pena, porque antes que os novos inquilinos possam mudar para a casa, temos de fazer algumas reparações
Felizmente, há uma equipa de homens com quem pode contar, por isso acho que não vai haver problema! Mais sobre isso na próxima semana.
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Nos mudámos em 2000 de Roterdão, Holanda para Termas-da-Azenha, Portugal. Uma mudança significante, especialmente com duas crianças pequenas. Estamos ocupados para reconstruir uma das heranças culturais portuguesas: Termas-da-Azenha, um antigo spa que foi transformado em várias casas de férias, quartos de hóspedes e dois terrenos para acampar, com muitas coisas divertidas para fazer.
Sala de convívio com jogos como pingpong, matraquilhos e bilhar, e uma coisa única no mundo: o Camarim.
Vai encontrar mosaicos e pinturas em todos os lugares.
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