Temos um presidente muito simpático, Marcelo Nuno Duarte Rebelo de Sousa. É muito popular e poderia facilmente ser reeleito, não fosse este o seu último mandato. É sempre carinhosamente chamado de Marcelo. Um homem sem pretensões que simplesmente fica na fila no supermercado.
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Recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Pernambuco, Brasil
A proposta de atribuição do título foi apresentada pelo Conselho do Centro de Ciências Jurídicas da UFPE em reconhecimento do “notável percurso académico e político do chefe de Estado português”. Marcelo é professor de Direito na Universidade de Lisboa.
“A universidade sente-se muito honrada por este momento. A nossa comunidade está feliz e recetiva”, afirma o reitor da UFPE, Alfredo Gomes, ao jornalista do DN Brasil.
Vejo isso acontecer na enorme televisão que a MEO tem na sua loja. Estou aqui para enviar um pedido pela enésima vez para que, por favor, dê uma vista de olhos à ligação, porque era terrivelmente instável desde a mudança no início de Janeiro. Não vou entrar agora nesse assunto, porque essa chatice e insistência é um assunto menos agradável para um blogue.
As universidades têm hábitos bastante estranhos. Geralmente ficam alojados em belos edifícios antigos. Isso é muito giro. Dá uma perspetiva histórica. Em ocasiões oficiais, as suas autoridades geralmente ainda usam fatos que datam do mesmo período da fundação do instituto. E isso é bastante estranho. Também dá perspetiva, mas de uma forma completamente diferente.
Um pouco como a Igreja Católica – se olharmos com seriedade, é no mínimo bastante estranho que um grupo de velhotes com um vestido comprido adornado com renda, uma cortina transformada em capa e um chapéu pontiagudo com orifícios, dirijam-se a uma multidão que leva tudo demasiado a sério. Se fosse um alienígena e visse isto pela primeira vez, provavelmente ficaria ali sentado, atordoado, com os olhos arregalados de espanto.
As universidades fazem a mesma coisa quando concedem um Doutoramento Honoris Causa
Cocares napoleónicos, gorros pontiagudos ou toucas de dormir, casacos compridos e, de preferência, tudo em cores escuras. O preto é o mais popular, seguido de perto pelo cinzento escuro e pelo azul escuro. No Brasil, adotaram um pouco este tom europeu, mas como lá a natureza é mais solar (e o povo também), adotaram uma abordagem um pouco mais alegre.
Não consegui deixar de rir quando, nos momentos mais solenes, as franjas dos seus chapéus balançavam alegremente para a frente e para trás. O professor universitário tem um abajur branco e uma beca branca brilhante, Marcelo traz um abajur vermelho com uma bonita toga vermelha escura de Super-Homem. O mais bonito é o tricô na parte de cima, que é copiado diretamente da tradicional boina alpina francesa e é um pouco mais grosso para esconder o facto.
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O que lhe acontece quando tem de usar um abajur com franjas à frente de metade da população mundial, mas tem de fazer uma cara séria, penso? O Marcelo tirou o no momento quando era possível; acho que o Marcelo não é um homem que gosta muito das franjas no chapéu.
Não é fácil receber um Doutoramento Honoris Causa de forma digna com um abajur na cabeça, mas ele conseguiu.
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Nos mudámos em 2000 de Roterdão, Holanda para Termas-da-Azenha, Portugal. Uma mudança significante, especialmente com duas crianças pequenas. Estamos ocupados para reconstruir uma das heranças culturais portuguesas: Termas-da-Azenha, um antigo spa que foi transformado em várias casas de férias, quartos de hóspedes e um terreno para acampar.
Vai encontrar mosaicos e pinturas em todos os lugares.
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