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Choque cultural luso-holandês

A primeira delas remonta a muito tempo atrás, quando estávamos a ter aulas da bela língua portuguesa e, de repente, nos deparámos com o imperativo. Já não o fazemos em holandês há algum tempo. Só conheço o famoso slogan logo a seguir à guerra: “Ajudem-se uns aos outros, comprem produtos holandeses!” (Em holandês, isto rima.)

De repente temos outro choque cultural

Não gosto muito do imperativo, mas em Portugal é normalíssimo. “Arranje moedas, por favor!” “Anda comigo!” “Anda cá!” Para um cão (ou uma criança pequena) o imperativo é muito normal, mas nos estrangeiros nunca o usamos como adultos entre nós.

Na língua portuguesa, existem duas formas, a educada e a casual, sendo que à primeira variante se costuma acrescentar “por favor”. Para um cão (ou uma criança pequena), quando se usa a forma casual, nunca se diz. “Anda cá!!!! … por favor” – é um pouco estranho.

O segundo choque cultural é muito mais positivo

Foi aí que percebi que podia deixar a carteira num dos lados da banca do mercado (por acidente) e ninguém a trocava (= pegava nela). Pude deixar os meus sacos de compras no café durante algum tempo, e ainda lá estavam, uma hora depois. (Segui o exemplo dos locais.) Os homens que vieram cortar a erva da colina cobraram um valor razoável, mesmo sabendo que éramos estrangeiros que quase não falávamos a língua e, por isso, podíamos ser facilmente enganados.

Aconteceu até que o empreiteiro, que tinha demolido uma parede da cozinha, e já tinha sido pago, voltou com a mensagem de que se tinha enganado e cobrado demais. Desculpe la, aqui o valor reembolsado. Uau. Que não tive de pagar nada na oficina, porque tinham desmontado metade do carro, mas não conseguiram arranjar. Assim, sem resultado = sem conta.

Isso realmente surpreende-o, como holandês, não é?

O terceiro choque cultural, depois de tantos anos em Portugal, é bastante inesperado. É uma experiência em segunda mão, mas a pessoa que a viveu pode contá-la de uma forma envolvente, por isso, durante a sua história, muitas vezes ríamos muito, mas também ficávamos confusos.

Vou fazer disto um suspense, porque senão este blogue vai ficar muito longo. Continua, mais na próxima semana. E, entretanto, também estou bastante curioso sobre os seus choques culturais – avise-me!

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Nos mudámos em 2000 de Roterdão, Países Baixos, para Termas-da-Azenha, Portugal. Uma mudança significante, especialmente com duas crianças pequenas. Estamos ocupados para reconstruir uma das heranças culturais portuguesas: Termas-da-Azenha, um antigo spa que foi transformado em várias casas de férias, quartos de hóspedes e dois terrenos para acampar, com muitas coisas divertidas para fazer.

Sala de convívio com jogos como pingpong, matraquilhos e bilhar, e uma coisa única no mundo: o Camarim.

Vai encontrar mosaicos e pinturas em todos os lugares.

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