A nova aquisição foi aproveitada de imediato, na semana passada. Tinha visto algumas coisas no OLX e no CustoJusto – os dois maiores sites de usados em Portugal.
Comprar em segunda mão é divertido,
embora muito diferente cá do que na Holanda. Ao devolver o carro alugado, vi uma loja de usados: “Olha, Broes, pára! Vamos espreitar!”. As lojas de usados são raras em Portugal, pelo menos aqui nas zonas rurais, e costumam ser ridiculamente caras.
Como esta. Queriam 950 euros por um roupeiro, enquanto uma grande placa pendurada no exterior: “Tudo a partir de 50 cêntimos!” Como chegaram a isso? A única coisa por 50 cêntimos era uma chávena enferrujada.

Às vezes encontra-se as coisas mais loucas em segunda mão, mas não aqui. Em comparação: a Holanda está repleta destas lojas; paga-se um décimo do que se atrevem a pedir em Portugal. E encontras coisas muito mais loucas/lindas/únicas.
“Epa, vamos partilhar”, diz Broes depois de andar um pouco pela loja, “um vendedor aproximando”
Toda a história em segunda mão assenta em nossos belos planos e boas intenções, que serão alimentados por uma força-anónima-nos-bastidores. Bela frase misteriosa, não é? Queria manter a parte misteriosa, mas consigo explicar o resto perfeitamente bem.
Como já devem ter lido num blogue há algum tempo, caros leitores, vamos continuar com isto a partir de Julho. A inquilina da Casa Principal ultrapassou completamente a sua autoridade, ao que parece, e mandou instalar um pavimento de cimento na cozinha sem autorização. E uma casa de banho.
É muito peso para a construção, porque não foi concebida para isso, em 1933. Nessa altura, as pessoas viviam com um pouco mais levezinha.
Então, vamos remover isso e transformá-lo novamente numa bela cozinha e casa de banho. Como este, por exemplo, que fomos buscar recentemente à internet. Uma carrinha é super útil, porque esta cozinha teve de ser retirada com uma carrinha alugada.

Com uma carrinha, pode apanhar azulejos para embelezar a sua casa de banho, impermeabilizar o seu telhado, proteger as suas escadas da chuva. Madeira para fazer camas, armários, portas, mesas. Isolamento contra o ruído dos vizinhos e contra o frio e o calor. OSB para debaixo do flutuante. Escolhe e consegue com esta super carrinha.
“Uma carrinha útil para um Handy Harry“, diz o meu cunhado enquanto fecha o capô do milagre recém-adquirido. “Ele gosta de um gole de óleo, mas isso não é assim tão mau. Mas acho que se devia chamar Harry.”
Depois do pedido da semana passada, recebemos alguns nomes giros, mas o Harry pegou à primeira
Quando entro, digo: “Bom dia, bom dia HH Master.” (É um Renault Master). Sou um pouco mais formal e cauteloso. Gostaria de ser amiga da minha supervan recém-adquirida, e esta parece estar a correr muito bem. Como se acordasse de um coma, quando o meu conhado enche a com óleo, líquido de refrigeração e lhe dá umas cócegas debaixo das mangueiras. Como se ela se sacudisse, quando aspiramo-la, polimo-la e eu queimo incenso dentro dela.
HH Master significa Handy Harry.
Ou, se for necessário mais respeito: His Holiness Master
Mas espero sinceramente que continue a ser Harry.
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Nos mudámos em 2000 de Roterdão, Países Baixos, para Termas-da-Azenha, Portugal. Uma mudança significante, especialmente com duas crianças pequenas. Estamos ocupados para reconstruir uma das heranças culturais portuguesas: Termas-da-Azenha, um antigo spa que foi transformado em várias casas de férias, quartos de hóspedes e dois terrenos para acampar, com muitas coisas divertidas para fazer.
Sala de convívio com jogos como pingpong, matraquilhos e bilhar, e uma coisa única no mundo: o Camarim.
Vai encontrar mosaicos e pinturas em todos os lugares.
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