Home » Malucos por mosaico

Malucos por mosaico

Quando anunciaram a sua chegada, comecei logo a pensar: talvez queiram fazer um mosaico … um quadro … Algures no fundo da minha mente, começou um pequeno plano, um prazer para os três.

Bom quando os malucos do mosaico como eu passam por aqui!

A Helmy vem cá há tantas vezes que precisamos de descobrir há quanto tempo foi pela primeira vez. Foi com a sua filha Judith, quando esta ainda tinha idade para ir de férias com a mãe. “A Judith tinha mais ou menos 15 anos”, diz Helmy, “por isso, foi em 2006”.

“Epa, isso foi há quase 20 anos, mulher!” exclamo, sempre espantado com a forma como o tempo voa. A Judith vive agora na nossa cidade de origem, Roterdão, adotou um cão e é uma fanática entusiasta do CrossFit. Há alguns anos, a Helmy veio com outro companheiro de férias, o GertJan. Ambos radiantes de amor. Aaaaaah ….

por acaso, tirei a foto com o GJ com a boca cheia de meloa …

Nessa primeira vez ainda estava a trabalhar no mosaico junto à entrada da recepção e queria acrescentar mais alguns papagaios soltos. A Helmy e o GertJan trabalharam em uníssono, com um resultado magnífico. O GertJan faz moldes para crear carimbos como passatempo, e isso é um trabalho muito impressionante. Algo como o origami – acho que, se consegue fazer isso, está atento aos detalhes. Portanto, consegue fazer quadros de mosaico também.

O básico dos mosaicos realmente não é difícil

Basta saber cortar um azulejo, ou martelá-lo, ou eventualmente cortá-lo. Basta perceber a distância entre as peças e depois é só fazer. Tens de fazer quilómetros, em teoria não se pode aprender.

O movimento ao fundo da minha mente resultou numa bela imagem para a chaminé do novo terraço.

A Helmy participou no grande mosaico na “Assadeira” – um terraço perto da piscina. Recentemente, ela iniciou um curso no qual foram dadas várias tarefas criativas. “Tivemos de fazer um labirinto com flores frescas”, diz ela, “e é um pouco difícil, porque sabe, as flores frescas são um fardo ambiental, claro, mas pronto, não se pode ser sempre responsável … às vezes quero crear coisas. E então, isso custa.”

Bem exposto ao sol e bem protegida; normal que isso chama-se “Assadeira”, não é?

Confirmei 100%; ser responsável é muito bom, mas às vezes não.

“Então fui à florista, expliquei, e perguntei-lhe se também tinha, digamos, flores desperdiçadas… e claro que tinha, porque nem sempre se vende tudo, tem sobras, podia leva-las. Foi muito difícil desenhar um labirinto, mas foi uma visão lindíssima, todos aqueles labirintos juntos!”

“Um pouco como uma mandala”, digo eu, “algo como os monges budistas fazem – fazendo belos padrões com areia colorida e, quando terminar, varrendo tudo. Muito desapegado. Não sei se conseguiria fazer isso.” A Helmy ri-se. “Eu não sei também, se era capaz … E depois tem que andar o labirinto. Não como se fosse uma maratona, claro, por isso foi uma tarefa muito especial. Comparável à coisa da mandala.”

“Bem, esta creação pode ficar”, rio-me, “a tua ave de rapina e a floresta de GertJan ficaram lindas. Só não sei se o vais ver colado à chaminé, porque o tempo não está a colaborar muito bem neste momento.”

Teremos de esperar que a chuva passe, depois colaremos a lua cheia, a bruxa voadora à vassoura, a floresta e as aves de rapina.

.

Nos mudámos em 2000 de Roterdão, Holanda para Termas-da-Azenha, Portugal. Uma mudança significante, especialmente com duas crianças pequenas. Estamos ocupados para reconstruir uma das heranças culturais portuguesas: Termas-da-Azenha, um antigo spa que foi transformado em várias casas de férias, quartos de hóspedes e dois terrenos para acampar, com muitas coisas divertidas para fazer.

Sala de convívio com jogos como pingpong, matraquilhos e bilhar, e uma coisa única no mundo: o Camarim.

Vai encontrar mosaicos e pinturas em todos os lugares.

Inscreve-se para receber o nosso blogue todas as semanas- veja aí ao lado à direita »

Nos domingos publicamos o na nossa página do Facebook, no Pinterest e no Instagram.

1 thought on “Malucos por mosaico”

  1. Pingback: O Mosteiro de Seiça - Termas-da-Azenha

Comments are closed.