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O Mosteiro de Seiça

A última vez que lá estive, o rés-do-chão ainda estava cheio de frigoríficos velhos e enferrujados, e as escadas para a torre estavam fechadas porque era muito perigoso. Uma cegonha fez um ninho na árvore que crescia na torre.

Por Diogo Ervideira – Obra do próprio, CC BY-SA 3.0

O Mosteiro de Seiça está vazio há muito tempo

É um local bonito na floresta. No passado, estas eram verdadeiras florestas, quando os monges ainda ali viviam. Isto foi há muito tempo, em 1162, quando o terreno foi doado à Ordem dos Beneditinos por Dom Afonso Henriques.

Está a chover. Chove há dias e não possa ler, ver ou fazer (mosaicos) o dia todo. A Helmy e o GertJan vão ficar mais uns dias, por isso: “Vamos ver se o conseguimos encontrar “Seiça” amanhã à tarde”, ri-se a Helmy, “talvez conseguimos encontrar com o meu GPS – embora diga que é uma viagem de 93 quilómetros…” “…. e são 10 minutos daqui…” acrescento: “então iremos à velocidade do som. Ou o seu GPS está errado, também pode ser o caso.”

É porque o mosteiro se chama oficialmente Mosteiro de Santa Maria de Seiça. Ah! Podíamos ter adivinhado algo com a Maria e Santa. Por aqui chama-se apenas Seiça, e aí já todos sabem o que queres dizer. Estaremos aí daqui a quinze minutos. Está seco, graças aos deuses do tempo! Primeiro caminhamos até à capela, mas infelizmente está fechada.

Estou louco pelas portas. O GertJan consegue tirar algumas fotografias através a rede de ferro enferrujado da janelinha, para que ainda possamos ver algo do que se pode admirar no seu interior. Mais tarde ficamos a saber pelo guia do mosteiro que a capela não pertence ao mosteiro, é de muito posterior (1602), e que é necessário pedir ao padre se podia ficar com a chave.

Parece um pouco estranho, mas tudo bem.

Caminhamos pelo mosteiro onde existem algumas exposições. Dos detalhes em pedra preservados – como viram acima, o mosteiro foi seriamente negligenciado – e de alguns fotógrafos que se especializaram em fotografar antigos edifícios religiosos, antigos edifícios industriais e antigas vilas. Tudo com céus nublados dramaticamente photoshopados.

A extrema negligência deve-se, diz-nos o guia, porque há algumas centenas de anos o Estado português expropriou todos os mosteiros e expulsou todos os monges, para uso próprio. Agora temos de agradecer às belas pousadas por isso, mas nem todos os edifícios tiveram a sorte de se transformarem em alojamentos hospitaleiros (= hotéis de 5 estrelas).

Seiça teve de esperar muito tempo por alguma atenção

Agora foi finalmente restaurado. Mais ou menos, porque um restauro completo custaria um zilhão de euros. Da forma como está agora, a essência do edifício restaurado, é bastante bonita.

Bonito o suficiente para uma tarde interessante!

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Nos mudámos em 2000 de Roterdão, Holanda para Termas-da-Azenha, Portugal. Uma mudança significante, especialmente com duas crianças pequenas. Estamos ocupados para reconstruir uma das heranças culturais portuguesas: Termas-da-Azenha, um antigo spa que foi transformado em várias casas de férias, quartos de hóspedes e dois terrenos para acampar, com muitas coisas divertidas para fazer.

Sala de convívio com jogos como pingpong, matraquilhos e bilhar, e uma coisa única no mundo: o Camarim.

Vai encontrar mosaicos e pinturas em todos os lugares.

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