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Pronúncia portuguesa de estrangeiros

Sempre ouvem que não sou portuguesa. Meu sotaque trai-me – aparentemente, mas eu própria não ouço. Mas sempre consigo dizer de qual país outros estrangeiros origem, sendo os ingleses os mais fáceis, seguidos de perto pelos alemães.

Especialistas em idiomas afirmam que português é cinco vezes mais difícil de aprender do que espanhol

Fixe. Não realmente motivador. De qualquer forma, se vai morar noutro país, dependendo do seu propósito, status, idade e afins, é educado aprender pelo menos algumas palavras e pronunciá-las corretamente.

Sempre achei que era uma língua linda. Isso ajuda muito a aprender. Português-português e português-brasileiro. Tão diferente quanto holandês e flamengo, ou “inglês do rei” e escocês. O português materno soa como ushushush; brasileiro é parecido com o Twitter: tjiptjiptjip. Ambos muito charmosos, à sua maneira.

Os estrangeiros acham que é uma língua difícil

– Impossível! – suspira um, – Por que é tão complicado – reclama o outro. Felizmente, os portugueses falam cada vez mais e melhor o inglês – o que ajuda se você é turista neste país. Mas se você for imigrante, ainda terá que aprender o idioma.

Pelo menos se quiser conversar com seus vizinhos.

A pronúncia é considerada a mais complicada. Você não diz exatamente do jeito que escreve, mas esse é o caso em muitos idiomas. A gramática é difícil de dominar, mas isso também acontece em muitas línguas. E então você tem o condicional. Isso não é novidade para quem sabe francês. Você pode compará-lo com a linguagem de computador: se isto, então aquilo. Mas os portugueses vão um passo além: “se tivesse sido assim, teria sido…” – esta forma verbal tem três tempos diferentes – passado, presente, futuro!

Regra não-escrita mas importante: empurre sons como ão e ões pelo nariz

Muito das vezes isto é muito difícil para estrangeiros. Mantém alguns sons um pouco mais: bom diiia, obrigaaada, enquanto tem que sibilar outras coisas baixinho na sua frente: com licença (com permissão) que você usa quando você tem que passar direto por outra pessoa. Você nunca diz isso bem articulado, apenas arrasta um pouco pelo nariz em direção ao chão.

Além disso, na maioria das línguas é sempre aconselhável falar o mais rápido e ininteligível possível, algo que aprendi uma vez em França. Quando tentei falar francês de forma clara e organizada, não fui compreendido. Por outro lado, quando tentei varrer coisas que não conhecia para debaixo do tapete, colocando-as de forma rápida e ininteligível no resto da frase, todos me entenderam perfeitamente!

O mesmo aplica-se ao português. Uma frase é uma longa sequência de sons, o oposto, por exemplo, de hoch-deutsch, que deve ser dita de uma forma super-arti-kuliert-aus-ge-prochen, na frente da boca. O francês vai em direção à sua garganta. O português é mais do seu paladar; brasileiro na frente contra o céu da boca.

Provavelmente pode empurrar esses ães e ões pelo nariz com mais facilidade desta forma

Simplesmente precisa aprender de cor a gramática, a estrutura das frases e a análise e usar muito o idioma. No início tive a forte ideia de que os portugueses fazem tudo ao contrário. “Eles começam no final da frase”, suspirei para nossa professora de português Jeanine. “Eu nunca vou aprender…” Ela provavelmente já tinha ouvido aquele suspiro antes, mas mesmo assim respondeu de forma muito compreensiva e positiva. “Não te preocupes”, ela dizia, “daqui uns anos … isto é, se fizer tua ltrabalho para casa.”

Pronto … não adianta colocar um livro debaixo do travesseiro, nem adormecer com uma aula de idioma gravada; é só fazer, conversar bastante e – um ponto importante – não ter medo de errar.

Fiquei muito encorajado com a reacção dos portugueses às minhas tentativas desajeitadas e infantis de falar a sua língua. “Muito bem!” eles gritavam, quando eu conseguia pronunciar uma frase curta quase perfeitamente. Isso ajuda enormemente de continuar. O que também ajudou foi que poucas pessoas falavam inglês, então você não poderia recorrer a algo fácil.

O que ajudou-me a mais foi que pude ir à escola com os meus filhos. O mais novo aprendeu a ler e escrever em português, o mais velho teve que retreinar-se rapidamente, e conseguia em um ano. Tive que supervisionar isso, porque stora Ana Paula não conseguia cuidar sozinha de 8 crianças em 4 níveis diferentes.

Olhando para trás, acho que é uma conquista especial: 8 crianças em 4 turmas, acender uma fogueira no Inverno, antes do início das aulas, e depois passar os intervalos conversando com um maldito estrangeiro que não entende nem um quarto do que está dizendo , e só consegue responder com “Sim, sim!”

Gostei particularmente dos intervalos para bate-papo, que ajudaram a fazer enormes progressos.

Desde já muito obrigada, professora Ana Paula!

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Nos mudámos em 2000 de Roterdão, Holanda para Termas-da-Azenha, Portugal. Uma mudança significante, especialmente com duas crianças pequenas. Estamos ocupados para reconstruir uma das heranças culturais portuguesas: Termas-da-Azenha, um antigo spa que foi transformado em várias casas de férias, quartos de hóspedes e dois terrenos para acampar, com muitas coisas divertidas para fazer.

Sala de convívio com jogos como pingpong, matraquilhos e bilhar, e uma coisa única no mundo: o Camarim.

Vai encontrar mosaicos e pinturas em todos os lugares.

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