Ouço o filho adotivo Hugo aproximando enquanto estou meditando atrás da cozinha. Ele está a falar com alguém – é impossível não ouvir; não sou um monge tibetano treinado.
Ele fala inglês, então provavelmente é um visitante inesperado
O Hugo chama-me na cozinha, mas não atendo. Isso não é possível, desculpe pessoal, é como pular da cama logo após o seu sonho. Eu os ouço subindo as escadas novamente, para o escritório, então eu termino, e ando nessa direção também.
Um distinto cavalheiro com um casaco cinza de inverno me vê e grita: “Ah! Lá está ela! Olá olá Ellen! Vim buscar a bicicleta do Bart” – e só então o reconheço. Ferry! Olha que surpresa boa! Já se passaram pelo menos 10 anos desde a última vez que nos vimos – sem saber que seria a última vez por um tempo, porque não foi planejado.
Ferry e eu fizemos a primeira vedação musical na fábrica Smulders em Leiria. O Sr. Smulders era o chefe de Ferry na época, um homem quieto e simpático que gostava de agradar Fer, porque era (e provavelmente ainda é) um bom funcionário. Alguém que faz apenas um pouco mais. Que entende um pouco melhor como as coisas funcionam.
Ferry poderia consertar sua limusine na fábrica. Ele tinha um trenó tão chique, uma coisa enorme que te deixa linda em qualquer lugar. Mas deitar embaixo de carros deve ser seu hobby. Eu ajudei o, como assistente. Se você estiver embaixo de um carro assim, é muito bom poder gritar: “Ok, agora o chocalho do M25, por favor! E pegue aquele alicate matador, está no meu caminho até aqui. (As ferramentas às vezes têm os nomes mais estranhos.)
É divertido, fazer algo assim. Sou um excelente assistente, se assim posso dizer
Um belo dia fomos ver uma casa modelo pré-fabricada. Uma armação de metal com blocos de espuma pressionados no meio. Muito adequado para lugares onde não há eletricidade para refrigerar ou aquecer, e onde as pessoas geralmente usam papelão e placas enferrujadas para construir uma casa.
O Ferry saiu com o fundador da empresa para vender as casas de isopor. No Haiti, no Congo, no Iraque, no Brasil.
Aquele fundador tinha uma boa oferta: por X muito por mês, vai a todos os lugares por dois anos para construir essas casas modelo e ensiná-las às pessoas no local. “É um bom começo para começar a falar,”, respondeu Ferry, “e dois anos é bom, mas o que vem depois? Estou ficando um pouco mais velho, quem vai me contratar depois disso?” O fundador não estava muito entusiasmado, embora o raciocínio do Ferry fizesse todo o sentido: “Olha, você está vivendo uma boa vida, podemos dizer que você é um rico fedorento. Se me der um contrato permanente, fica um pouco menos rico e dá essa diferença à mim. Você tem um ótimo homem, eu tenho um ótimo emprego. Que tal?
Acho essa uma maneira genial de negociar – direto, e com humor
É por isso que Ferry e eu não nos vemos ou nos falamos há anos. Ele estava em todo o lado e em lado nenhum, eu estava ocupada nas Termas.
A última vez que ouvi foi de um ex-voluntário, Bartolomeu, que veio aqui de bicicleta no ano passado. Passou por Ferry na Espanha, e ficou alguns dias para relembrar e ir passar a noite na cidade.
Bartolomeu deixou sua bicicleta aqui – andar de um lado para o outro é um pouco demais. Daí a piada.
Que pena, Bart, foi só uma piada. Terás que pegar sua bicicleta o próprio …
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Nos mudámos em 2000 de Roterdão, Holanda para Termas-da-Azenha, Portugal. Uma mudança significante, especialmente com duas crianças pequenas. Estamos ocupados para reconstruir uma das heranças culturais portuguesas: Termas-da-Azenha, um antigo spa que foi transformado em várias casas de férias, quartos de hóspedes e dois terrenos para acampar, com muitas coisas divertidas para fazer.
Sala de convívio com jogos como pingpong, matraquilhos e bilhar, e uma coisa única no mundo: o Camarim.
Vai encontrar mosaicos e pinturas em todos os lugares.
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