Uma sexta-feira tranquila, no início da noite, logo após o jantar. Os meninos são como cinco fofinhos jogando na mesa grande: “Ele está atrás de você! F*d*-se! Mate o! Mate o! … Ah, agora estou morto … !”
Estou no meu posto do outro lado da cortina porque nas noites de sexta-feira sempre chegam hóspedes.
Pronto, já há um, a porta se abre, mas não é alguém que reservou, é alguém com uma mensagem. Assim que ele entra, ele começa a falar, e em pouco tempo percebe que os meninos estão atrás da cortina. Ele aproxima-se deles: “Olá, foi divertido esta tarde, rapazes pois não? Foi engraçado, não foi?” Ah, sim, eles reconhecem-no, ele estava na escola naquela tarde para dar uma palestra.
Eles chamam-no o Rei do Sol, porque era sobre cozinhar com energia solar
É sexta à noite, eles estão livres, estão jogando. Não são interessados agora, obrigado. Mas eu, por outro lado, sou! O Rei do Sol chama-se Celestino,é engenheiro na Universidade de Faro, faz isso no seu tempo livre como paixão, e explica-me do início ao fim como construir um forno solar com uma caixa de papelão e uma folha de espelho adesiva. Ele é entusiasmado, apaixonado, levado ao ponto de ser obsessivo.
Concordamos rapidamente: o Rei Celestino pode organizar uma oficina de cozinhar solar cá
A primeira dessas oficinas data de cerca de 14 anos atrás. Primeiro veio o carro com caixas cheias de pratos de vidro transparente, portas de vidro de máquinas de lavar quebradas para colocar por cima, panelas pretas, caixas de papelão, rolos de papel alumínio e comida. Muita comida. Raw food.
O Celestino começou a misturar rotineiramente a massa do bolo, para podermos depois provar que, embora demore um pouco mais, certamente funciona! Slow food.
Depois dessa primeira vez, estou convencido disso. Penso que é um grande conceito, e não me fez nenhum mal. Depois dessa primeira vez, muitos mais seguiram. Eu só tive alguns inconvenientes para colocá-lo em prática aqui.
Primeiro, havia eucaliptos enormes atrás da cozinha.
Aí você tem que cozinhar um pouco mais longe, porque não pode fazer cozimento solar na sombra (claro), e a gente fica andando de um lado para o outro para ver se já está fervendo. Quase sempre havia pessoas para jantar, especialmente no verão, então a gente tem que cozinhar uma boa quantidade de comida e não há tempo para slow cooking.
Emprestou-me um belo disco solar. Um enorme parabólico espelhado móvel com o suporte para a panela na frente. Coloque uma panela na grelha, aponte o ao sol e o foco fará a água ferver em poucos minutos. Podia até fritar um ovo com essa coisa!
Agora as coisas estão muito mais relaxadas, então agora comecei a cozinhar com o sol novamente. Além disso, vários eucaliptos foram derrubados pelo furacão, e o restante foi derrubado por nós próprios, então há muito sol atrás da cozinha.
Infelizmente perdi o padrão do prisma de Celestino. Poderia fazer uma escolha no AliExpress, porque existem muitos modelos à venda desses dias.
O melhor é, claro, fazer a própria, especialmente porque inesperadamente encontrei um rolo grande de papel alumínio extra-forte e uma caixa particularmente adequada. Outro projeto é fazer um forno solar a partir de um fogão a gás que há muito tempo quebrou, mas o fundo ficou. E a tampa de vidro.
Temos tinta preta, algumas rodas vermelhas grandes, muito prático para alterar a posição do coiso – para criar uma forma semicircular com arame, têxtil e resina. Um processo lento progredindo passo a passo.
Não apenas cozimento lento, mas também criação lenta!
.
Nos mudámos em 2000 de Roterdão, Holanda para Termas-da-Azenha, Portugal. Uma mudança significante, especialmente com duas crianças pequenas. Estamos ocupados para reconstruir uma das heranças culturais portuguesas: Termas-da-Azenha, um antigo spa que foi transformado em várias casas de férias, quartos de hóspedes e dois terrenos para acampar, com muitas coisas divertidas para fazer.
Sala de convívio com jogos como pingpong, matraquilhos e bilhar, e uma coisa única no mundo: o Camarim.
Vai encontrar mosaicos e pinturas em todos os lugares.
Inscreve-se para receber o nosso blogue todas as semanas- veja aí ao lado à direita »
Nos Domingos publicamos o na nossa página do Facebook e no Instagram.
Pingback: Uma pedra na sua sopa portuguesa - Termas-da-Azenha