Estou a sentir-me um pouco desanimado. A família foi embora esta manhã após uma visita de cinco semanas, e agora a nossa aldeia parece muito vazia.
As visitas são um pouco diferentes do normal para nós, expatriados.
Normalmente, os seus amigos e familiares não vêm tomar um café ou beber alguma coisa. Normalmente demora um pouco mais, porque vive mais longe. A nossa família é grande e visita-nos desde que vivemos aqui, mas este “grupo hardcore” já vem de anos e anos. Com a Carrinha Vermelha e a Carro de Campismo Branco.
Tornou-se uma tradição maravilhosa, embora tenha mudado um pouco ao longo do ano. Primeiro era no início da primavera, agora é mais perto de Junho. Este ano foi certamente agradável tendo em conta o tempo em Março e Abril (bizarramente com muita chuva).
Ando por aí um pouco perdido agora; lavar roupa, admirar os pés de pepino e abrir a janela da carrinha nova para não aquecer muito. Muita coisa aconteceu desta vez! Na verdade, isto também é tradição, mas agora parece ser a mais importante.
A minha irmã de 84 anos (e que continua firme e forte) e o meu irmão (79, e idem) são os campeões da jardinagem com os dedos verdes. Assim que a sua Carrinha Vermelha chegou, começou a cortar o solo para remover todas as ervas daninhas, raízes e tudo, e a substituí-las por plantas úteis, como o aipo, o pimento e o pepino.
A Irmã Simonetta faz a poda. Isto faz maravilhas, porque de repente todas as plantas lembram-se que conseguem fazer algo como crear flores, e fazem-nas com total dedicação. “É esse o seu hobby?”, pergunta o recém-chegado Helmy, que também vem aqui há anos, “da última vez, este era um jardim meio selvagem… este está bem diferente assim.”
“Já o fazemos há anos”, responde Net com a mangueira nas mãos, “não vamos desistir, agora está lindo outra vez…” “Para que a Ellen possa voltar a negliciar”, dizem quase em uníssono, e riem-se à gargalhada. Felizmente, estes trabalhadores dedicados podem rir-se disto, porque é a pura verdade…
Baixei a cabeça, envergonhado
(Mas eu rego as plantas, e as ervas daninhas também têm flores lindas!)
O irmão Korstiaan também se certificou de que a internet voltava a funcionar normalmente, porque estava uma confusão desde que a ligação mãe foi transferida de um edifício para outro. “Estes TP-Links são routers, por isso todos querem determinar o que acontece”, explica, “e agora que é um ponto de acesso, o router mãe é que manda. Os computadores são como as pessoas, precisam de um pouco de orientação.”
Estou contente, depois de meses a queixar-me do MEO e do IPv4 e do IPv6. Espero sinceramente, caros leitores, que nunca tenham de perceber do que se trata!
Entretanto, o cunhado Dick tinha o nariz enfiado no capô do HH Master ou num roupeiro que precisava de ser montado (que trouxeram para a nova casa). E a irmã Tien quase cortou-se em pedaços no revestimento dos novos armários da cozinha.
Agora voltaram para casa, e eu estou um pouco triste
Já não há café de manhã, nem chá da tarde, nem jantar com sobre-mesa-gelado, nem jogos à noite. Já não há irmã a dormir a sesta no terraço do quarto 2, nem irmã a ler na cadeira de jardim da nova casa, nem cunhado a assobiar no caminho para o balneário e nem irmão a fumar no largo da aldeia.
Muita coisa aconteceu. Uma nova carrinha HH Master, um novo local para uma versão modesta da horta e uma nova casa. Mais sobre esta casa na próxima semana, porque alguns detalhes ainda precisam de ser acertados antes de estar pronta para ser alugada.
Mas agora, gostamos da época do pepino…
Nos mudámos em 2000 de Roterdão, Países Baixos, para Termas-da-Azenha, Portugal. Uma mudança significante, especialmente com duas crianças pequenas. Estamos ocupados para reconstruir uma das heranças culturais portuguesas: Termas-da-Azenha, um antigo spa que foi transformado em várias casas de férias, quartos de hóspedes e dois terrenos para acampar, com muitas coisas divertidas para fazer.
Sala de convívio com jogos como pingpong, matraquilhos e bilhar, e uma coisa única no mundo: o Camarim.
Vai encontrar mosaicos e pinturas em todos os lugares.
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